Governo municipal procura mosquitos infectados com a doença na zona rural da cidade. Homem de 27 anos ficou hospedado em chácara na cidade no fim do ano passado.
Após a confirmação do primeiro paciente infectado com febre amarela no Estado de São Paulo neste ano, a prefeitura, com apoio do governo estadual, iniciou uma “busca ativa” nesta terça-feira (14) na área da possível contaminação – a zona rural de Socorro (SP), estância turística do Circuito das Águas Paulista, onde o homem de 27 anos esteve entre os dias 28 e 30 de dezembro.
O paciente permanecia internado até a última atualização dessa reportagem.
O governo estadual havia informado, durante a manhã, que a busca ativa seria feita por servidores do estado, mas depois corrigiu a informação ao confirmar que a prefeitura é a responsável pelo trabalho. Ao estado cabe dar apoio à iniciativa.
De acordo com a administração municipal, o paciente, que mora na capital paulista e não tem histórico de vacinação contra febre amarela, ficou hospedado em uma chácara. Além da confirmação em humano, foi constatada a morte de um macaco com febre amarela na área rural de Socorro.
O animal chegou a ser levado para o veterinário, mas não resistiu. A prefeitura realizou necrópsia e envio de amostras para institutos de referência, que confirmaram o óbito pela doença. A busca ativa da Secretaria Estadual de Saúde acontece no bairro do Oratório, onde fica a chácara.
Os macacos não transmitem a doença. A febre amarela é transmitida pela picada de mosquitos infectados. A doença não é contagiosa, ou seja, não é passada de pessoa para pessoa. Em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus.
No ambiente urbano, o transmissor é o Aedes Aegypti, o mesmo da dengue. Segundo o governo estadual, no entanto, não há transmissão urbana da febre amarela desde 1942.
👉 O que é a busca ativa? Segundo o governo estadual, a procura é por mosquitos que estejam contaminados com febre amarela e possam provocar a doença tanto humanos quanto em macacos. O trabalho é concentrado no bairro Oratório, já que o paciente infectado não esteve em outros bairros da cidade.
O governo de São Paulo afirmou que, além de Socorro, há outros oito casos de macacos com febre amarela no estado: um em Pinhalzinho (SP), também na região de Campinas, e outros sete na região de Ribeirão Preto.
Por g1 Campinas e Região